Projetos

Esta é uma amostra da nossa contribuição para a sustentabilidade e a conservação da biodiversidade ao longo dos anos.

2025 | Serviço Florestal Brasileiro + F4F

Colaboramos com o projeto de estruturação de um centro para promoção da recuperação de vegetação nativa, em apoio ao Serviço Florestal Brasileiro, com o objetivo de promover arranjos institucionais para fomento à restauração no Brasil. A colaboração envolveu um diagnóstico detalhado de todas as políticas públicas brasileiras ligadas à recuperação de vegetação nativa e a análise do papel estratégico do SFB na implementação do PLANAVEG. Identificamos fatores e atores essenciais para a aceleração da recuperação em larga escala, assim como os gargalos para sua articulação e estratégias de pareamento em nível nacional.

2024 | Relatoria da 5ª edição da Space Economy Leaders Meeting

As inovações do setor espacial trazem compreensões sobre o sistema ambiental global fundamentais para a tomada de decisão e induzem inovação em vários outros setores mais presentes em  nossas vidas. O desenvolvimento do setor espacial é uma das chaves para nos ajudar a enfrentar os desafios de um mundo cada vez mais interconectado, populoso e degradado

O tema da Reunião dos Líderes da Economia Espacial de 2024 (SELM), realizada em Foz do Iguaçu – PR, foi “Economia espacial e mudanças climáticas: desafios e oportunidades”. Durante os três dias do evento, foram discutidas as contribuições essenciais que programas espaciais ao redor do mundo têm tido no monitoramento, mitigação e adaptação das mudanças do clima e outros problemas associados.

A Flexus foi contratada para acompanhar o evento e redigir um relatório estratégico, incluindo as contribuições dos tomadores de decisão participantes do SELM, dos representantes da indústria presentes na exposição e das agências internacionais. O trabalho teve o propósito final de gerar subsídios para a Agência Espacial Brasileira (AEB) atuar na promoção e capacitação de seus servidores e na conscientização da sociedade sobre economia espacial, bem como na promoção dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável nº 8 (Emprego digno e crescimento econômico), nº 9 (Indústria, inovação e infraestrutura), nº 13 (Combate às alterações climáticas) e nº 17 (Parceria em prol das metas). Outro objetivo primordial foi o mapeamento de possibilidades de cooperação internacional, propondo à AEB possíveis parcerias estratégicas, com sugestões de boas práticas para promoção da economia espacial. As propostas buscaram fomentar um ambiente colaborativo, somando expertises em prol de um espaço pacífico, sustentável e comprometido com a proteção ambiental.

2023 | PLANAVEG

Com a instituição do Plano Nacional de Recuperação da Vegetação Nativa e a reativação da Comissão de Recuperação da Vegetação Nativa, em 2023, participamos como uma das 120 organizações que colaboram ativamente com ações de restauração ecológica. Nesse contexto, contribuímos para o fortalecimento de políticas públicas e a ampliação de mecanismos de incentivo financeiro, com foco na recuperação da vegetação nativa — em especial nas Áreas de Preservação Permanente (APP), Reservas Legais (RL) e Áreas de Uso Restrito (AUR).

2023 | Programa Hub Agroambiental

Em colaboração com a Palladium Brasil Consultoria, o Programa Partnership for Forests (P4F), Imaflora, Ludovino Lopes Advogados, André Lima Gestão, Política e Legislação Ambiental, JusBrasil e a Abrampa, idealizamos a criação do Hub Agroambiental (H2A), um centro de implementação para aceleração de restauração florestal, focado na articulação de uma rede entre três dos principais atores envolvidos nessa cadeia: os produtores/proprietários rurais, empresas executoras de restauração florestal e investidores/doadores com metas ESG. O estado de São Paulo foi escolhido como macrorregião piloto para desenvolvimento, recebeu a implementação de 320 hectares de restauração em 2022. Atualmente, o H2A está em processo de contratação de aproximadamente 536 hectares para o ciclo de chuvas de 2024/2025 e está sob gestão do Imaflora (Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola).

2020 | Programa REDD+ Early Movers

Participamos na elaboração do primeiro sumário de informações do cumprimento das salvaguardas socioambientais do programa REDD+ Early Movers no Mato Grosso (REM-MT). Suas atividades envolvem monitoramento do desmatamento e da degradação florestal, conservação e aumento dos estoques de carbono florestal e promoção do manejo sustentável de florestas e da promoção sustentável de baixo carbono. A iniciativa está ligada ao Marco de Varsóvia (Parte da COP-19/2013) para Redução das Emissões provenientes do Desmatamento e Degradação Florestal, e faz parte de uma rede de apoio internacional para apoio de projetos similares. Salvaguardas socioambientais são essenciais em políticas públicas, já que elas afetam toda a população de um território de formas normalmente difíceis de prever.

2019 | Documento técnico sobre Água e Meio Ambiente

Autores: Carlos Alberto de M. Scaramuzza (pesquisador líder), Aurélio Padovezi, Melissa Panhol Bayma, Roberto Neiva Tavares.

Em março de 2018, Brasília foi palco do 8º Fórum Mundial da Água, promovido pela ADASA, em parceria com a ANA e o World Water Council (WWC). Sob o tema “Compartilhando Água”, o evento reuniu especialistas, gestores e representantes de diversos setores para debater os desafios e caminhos para a gestão hídrica no mundo.
A Flexus foi selecionada para colaborar com esse importante movimento global, assumindo a liderança na pesquisa e elaboração de um documento técnico sobre a temática “Água e Meio Ambiente”. Nosso trabalho consistiu na sistematização dos principais resultados e discussões promovidas durante o Fórum, com o objetivo de ampliar o alcance desses conhecimentos e fomentar avanços concretos nas políticas e práticas ligadas aos recursos hídricos e ao saneamento.
O documento produzido aprofundou-se em três tópicos fundamentais para o futuro da gestão das águas: as mudanças do clima, as soluções baseadas na natureza (SbN) e os mecanismos de financiamento dessas soluções. Esse projeto reforça o compromisso da Flexus com iniciativas que estimulem o diálogo qualificado baseado em evidências e a construção de soluções sustentáveis para os desafios da gestão dos recursos hídricos.

2019 | Análise estratégica do Programa Reflorestar (ES)

Parceiro: SEAMA-SP.

O Programa Reflorestar é uma das mais bem-sucedidas iniciativas estaduais de restauração ecológica no Brasil. Coordenado pela Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Espírito Santo (SEAMA), o programa tem como objetivo restaurar o ciclo hidrológico por meio da recuperação e conservação da vegetação nativa, com geração de renda e oportunidades para produtores rurais.

Em 2019, a Flexus foi responsável pela elaboração de uma análise conceitual e estratégica do Reflorestar, envolvendo um diagnóstico estratégico do programa, além da proposição de diretrizes para sua expansão. A análise apontou caminhos concretos para ampliar o impacto do Reflorestar, como a diversificação das fontes de financiamento, a consolidação de núcleos de negócios florestais e o fortalecimento das sinergias com outras iniciativas, como a recuperação da bacia do rio Doce.

Com esta análise, encabeçada por Carlos Alberto de M. Scaramuzza, a Flexus contribuiu para apontar caminhos para que programas e políticas públicas regionais como o Reflorestar sigam evoluindo com impacto positivo em uma abordagem de gestão integrada da paisagem.

2019 | Identificação da demanda firme por restauração

Parceiros: AL Assessoria em Gestão, Política e Legislação Socioambiental; Partnerships for Forests; Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura.

A demanda firme por restauração inclui “mecanismos de obrigação de compensação florestal e processos de licenciamento ambiental, que são indutores da agenda de restauração”. Nosso trabalho teve como objetivo analisar a dimensão dessa obrigação, tanto em hectares quanto em volume de processos, no período entre 2012 e 2020. Para isso, foi utilizada uma abordagem inovadora, baseada em inteligência artificial, que permitiu minerar e processar grandes volumes de dados provenientes de bases do Poder Judiciário, do Executivo federal e estadual.

A análise identificou mais de 4,8 mil processos judiciais relacionados à restauração ecológica em todas as unidades da federação, envolvendo aproximadamente 808 mil hectares de vegetação nativa sob obrigação de recuperação. No âmbito do Executivo, foram encontrados cerca de 18 mil processos nos estados analisados (GO, RJ, SP e o DF), representando 276 mil hectares de demanda firme por restauração, além de 2,3 mil processos junto ao IBAMA, relacionados a 180 mil hectares de área a ser restaurada na esfera federal. Ao todo, os dados levantados indicam uma demanda firme potencial superior a 1,2 milhão de hectares de vegetação nativa a ser restaurada (somando-se as demandas do judiciário às do executivo estadual e federal), conforme descrito no relatório.

A iniciativa buscou não apenas quantificar a demanda firme por restauração de vegetação nativa, expressa em decisões administrativas e judiciais já formalizadas e em andamento, mas também identificar quais são os mecanismos jurídicos mais eficazes na indução dessa demanda, um olhar inédito sobre instrumentos legais indutores de restauração no Brasil.

Apesar dos avanços metodológicos, os algoritmos de mineração de dados disponíveis à época ainda apresentavam limitações significativas, especialmente no que se refere à extração de informações detalhadas contidas no interior dos processos, como extensão em hectares das áreas a serem restauradas registrada nos despachos ou nas sentenças judiciais. Em 2019, este trabalho evidenciou que, naquele momento, a mineração automatizada de dados não se mostrava uma estratégia suficientemente eficaz para esse tipo de análise, indicando a necessidade de métodos mais precisos, capazes de acessar e interpretar o conteúdo substantivo dos processos e das decisões finais.

2019 | ICLEI – Governos Locais pela Sustentabilidade

Como parte do projeto “Avaliação e Fortalecimento das Unidades de Conservação Municipais do Cerrado”, elaboramos recomendações e subsídios para políticas públicas e privadas de apoio às unidades de conservação municipais no Cerrado e capacitação de 30 agentes públicos sobre gestão de unidades de conservação urbanas junto ao ICLEI, a principal associação mundial de governos locais e subnacionais dedicados ao desenvolvimento sustentável. Além disso, colaboramos com a realização de um curso para técnicos das prefeituras e responsáveis pelas unidades de conservação municipais sobre criação e gestão de unidades de conservação em áreas urbanas e periurbanas, considerando os aspectos conceituais, jurídicos e práticos.

2018 | Implementação técnica do Barômetro do Desafio de Bonn no Brasil

Revisão técnica como representante do MMA

Coautoria como Flexus Sustentabilidade

Em 2011, o governo da Alemanha e a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) lançaram o Desafio de Bonn, uma iniciativa para impulsionar a restauração de florestas e paisagens em escala global. A meta estabelecida previa restaurar 150 milhões de hectares até 2020 e alcançar 350 milhões de hectares até 2030.

O Brasil entrou no desafio, comprometendo-se a restaurar 12 milhões de hectares de áreas degradadas e florestas até 2030. Esse compromisso do governo brasileiro foi lançado em 2016, durante a 13ª Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica em Cancún, pelos ministros José Sarney Filho (MMA) e Blairo Maggi (MAPA) em uma ação liderada por Carlos A. de Mattos Scaramuzza durante seu tempo à frente do Departamento de Conservação de Ecossistemas da Secretaria de Biodiversidade do MMA (2013-2017). Essas ações visavam a segurança hídrica e alimentar e o cumprimento de metas internacionais de mudanças climáticas e biodiversidade. Além disso, a fim de ampliar os esforços de adaptação orientados pelo Plano de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (Plano ABC), foi definida também a meta de implementar 5 milhões de hectares de sistemas agrícolas integrados (lavoura-pecuária-floresta) até 2030.

Para apoiar a concretização desses compromissos, foi criado o Barômetro da Restauração (originalmente conhecido como Barômetro do Desafio de Bonn), uma ferramenta estratégica que permite a países e estados subnacionais monitorar, reportar e comunicar seus avanços na restauração de ecossistemas.

Em 2018, a Flexus teve a satisfação de contribuir com esse processo global ao atuar na revisão técnica do relatório do Barômetro de Bonn. Nosso trabalho consistiu em garantir a acuidade das informações e análises, fortalecendo a credibilidade dos dados reportados e o impacto da ferramenta como instrumento de governança e transparência.